“Se beber não dirija”, “Respeite as leis de trânsito”, “Volante e bebida alcoólica não combinam”, essas e tantas outras campanhas educativas, se respeitadas poderiam fazer a maior diferença na triste realidade do trânsito brasileiro.Mas, a falta de consciência, não vem só dos motoristas, o poder público tem deixado muito a desejar.
As estradas brasileiras, a maiorias delas, há um descaso abusivo: má sinalização nas rodovias e no perímetro urbano das pequenas cidades do interior.
Buracos impedem o fluxo nas grandes vias federais e estaduais e causam acidentes diários.No país, cerca de 200 pessoas morrem a cada dois dias vítimas de acidentes no trânsito.
Como se a cada dois dias um Boeing caísse nas ruas e estradas brasileiras, comparando com a queda do avião da TAM, em congonhas, São Paulo.
Claro, o impacto dessas mortes tem proporções bem menores que o acidente da TAM.Em Goiás, a realidade não é diferente.
Segundo o Detran, 594 pessoas morreram em acidentes de trânsito em Goiás no primeiro semestre deste ano.
De acordo com pesquisa publicada pelo jornal O Popular, na edição de sexta-feira, 21 de setembro de 2007, mostra que Goiás é o Estado com maior índice de acidentes no país.
Estima-se que 42 milhões de reais são gastos por ano com atendimento de acidentados no trânsito no Hospital de Urgência de Goiânia.
Um número alarmante e preocupante.
É muito dinheiro, gastos que poderíamos evitar com simples gestos de cidadania e educação.
Pisar no freio, dar setas em cada esquina e respeitar a sinalização é um ato de civilidade e respeito a vida.
Ao sair de casa para enfrentar as ruas, nos vem a preocupação sobre o que pode acontecer conosco: retornaremos para casa ou seremos vítimas desse sistema que mata e deixa milhares de pessoas deficientes?
O desrespeito às leis e a falta de consciência tem tornado a vida rápida demais, principalmente a dos jovens, que se envolvem cada vez mais em acidentes.
É bom que se diga, a educação em todos os sentidos começa no berço, no trânsito não é diferente, são os pais quem deve dar às primeiras lições de como conduzir um veículo com responsabilidade, sem colocar a própria e a vida dos outros em risco.
A Semana do Nacional do Trânsito é foi momento oportuno para discutir e pensar em campanhas criativas e continuas capaz de estabelecer uma cultura de responsabilidade e compromisso que garanta a segurança de todos.
Os jovens serão os próximos alvos dessas campanhas.Campanhas, que deve começar principalmente, com as famílias, nas escolas, com professores e alunos agindo em prol da vida.
Esperamos que o governo faça sempre sua parte, pois não adianta investir em campanhas e deixar as rodovias em péssimas condições. É preciso coerência.
As obras devem caminhar em perfeita sintonia com os trabalhos de conscientização para se alcançar o principal objetivo: a paz no trânsito.
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