Ontem eu voltei da faculdade pensando:"o que eu vou escrever no blog?". Confesso que não fazia a menor idéia sobre qual assunto falar!!! Mas quando liguei a tv, o Jô anunciou uma entrevista com o Governador eleito na Bahia, Jacques Vagner, do PT, e resolvi vencer o cansaço e o sono para poder compartilhar essa tema com vocês.
Como é habitual, o Jô discorreu sobre mil assuntos, muitos inúteis à ordem política. Mas certos aspectos abordados foram muito interessantes, então falemos sobre eles.
Primeiro: a importância do segundo turno para que Lula percebesse que o povo tem tido mais acesso aos meandros da política, e isso acarreta uma fiscalização popular maior. Assim, com todos esses escândalos, definidos por Vagner, como "lambanças", o Presidente se viu forçado a prestar contas, principalmente para sociedade civil organizada. Lula já sabendo que a sociedade continuará cobrando vai, aos poucos, mexendo nas bases da máquina administrativa e alterando as pessoas que compõem a cúpula do governo. Talvez, assim, ele passe a saber das coisas que acontecem no Palácio do Planalto.
Segundo: Jacques Vagner, apesar de não perder a característica de defensor ferrenho do governo, admitiu que houve falhas, como dissemos no post anterior, e ainda mais importante, apontou soluções para questões de articulação política e econômica, assuntos mais debatidos, mesmo que de forma errônia, dentro da base parlamentar governamental.
Terceiro: Como todo bom aliado de Lula, o governador apontou como o carro-chefe deste Governo a política social assistêncialista, ou seja, ele criou bolsa disso,bolsa daquilo,contudo não proporcionou ao trabalhador uma estrutura que permitisse que o proprio trabalhor ascendesse socialmente por conta de seu suor. Outro ponto importante é que Lula fez sim muito pelos mais pobres, mas quando ele fala de 19 milhões de brasileiros em ascenção social ele está nivelando tudo muito por baixo, e isso não é nada bom. Para entendermos melhor isso vou explicar com funciona esse processo de ascenção social. Existe uma tabela que delimita a divisão de classes, essa tabela é feita de valores que indicam onde brasileiro, de acordo com sua renda, se encaixa. Lula diminiu o valor que corresponde às Classes D e C, por essa razão 6 milhões sairam da miséria para pobreza e outros 13 milhões da pobreza para classe média.
Em quarto e último lugar, porém, na minha visão, a parte mais importante: Jacques Vagner disse textualmente "só tivemos condição de aumentar as exportações e equilibrar a economia graças a estabilidade de moeda e inflacionária que o Fernando Henrique nos deixou". Enfim os pestistas param de olhar para o seu próprio umbigo, ou pelo menos um deles.
O ex-Ministro da coordenação política mostrou que, ao lado de Lula e Tarso Genro, ainda tem gente bem intencionada. E esse fato é muito bom , não só para Bahia agora governada por ele, mas para todo o Brasil que anseia voltar a acreditar na existência de bons homens no meio político, especialmente no governo federal.
Um grande abraço a todos e até Sábado!!!
3 comentários:
Gostei.
Aos poucos voce compreende que não é partido que faz o politico!
Obs:
a pagina do blogler de voces já faz parte dos meus "favoritos", juntamente com a pagina "today's frant pages - map view".
falow até mais
pois eh coisinha...
eu assisti a entrevista tbm
=]
bom...ele assumiu que teve falhas no governo...
mas pro Lula foi tudo lindo e maravilhoso e qq coisa que tenha a contecido de ruim eh culpa do governo do FHC...
parabéns pelo blog, agora vamos aos comentarios: O BOLSA ESCOLA OU QUALQUER OUTRA BOLSA NAO E POLITICA ASSISTENCIALISTA,E SIM POLITICA DE SOBREVIVENCIA,PRINCIPALMENTE NO NORDESTE, ONDE NENHUM GOVERNO CONSEGUIU DIMINUIR A MISERIA ATRAVES DE UMA POLITICA DE EMPREGO.DE UMA CERTA FORMA EU ENTENDO O SEU COMENTARIO, E FACIL FALAR DE POLITICA ASSISTENCIALISTA QUEM NUNCA SENTIU FOME. ABRAÇO
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