Desejo um ótimo inicio de semana à todos. Enfim aconteceram as tão comentadas eleições das mesas diretoras nas casas do Legislativo. Bom, podemos dizer que deu a lógica tanto na Assembléia, quanto na Câmara e no Senado.
Em âmbito estadual tivemos a eleição da Assembléia Legislativa. Tinhamos uma disputa interna entre tucanos, Jardel Sebba e o ex-presidente Samuel Almeida. Sebba contava com o apoio da principal figura do PSDB goiano, o senador Marconi Perillo, assim sendo, não deve ser muito dificil de imaginar o resultado não é mesmo? Vitória esmagadora de Sebba em cima do desafeto de Perillo Samuel Almeida. De qualquer forma, o governador Alcides Rodrigues não terá problemas dentro dessa casa.
A nível nacional tivemos a eleição mais mórbida de todas no Senado. Renan Calheiros (PMDB) foi reeleito com uma folga imensurável, o senador José Agripino (PFL) não ofereceu resistência em momento algum. Esse resultado foi o que mais agradou o presidente Lula, pois sabe que Renan é um forte aliado, assim , ao menos no Senado, as matérias governistas podem ser agilizadas!
Enfim chegamos a mais emocionante das três eleições: a da Câmara. Esse foi nosso assunto durante, praticamente, todo o mês de Janeiro, e chegamos a um resultado esperado, contudo, longe de ser óbvio. Arlindo Chinaglia (PT) disputou a cadeira de presidente da Câmara com Aldo Rebelo (PC do B) e Gustavo Fruet (PSDB). Essa foi a única eleição que chegou ao segundo turno, aliás devo ressaltar que, diferentemente do que alguns pensam, o segundo turno nesse tipo de eleição ocorre no mesmo dia, horas depois da primeira votação. Disputaram o segundo turno Chinaglia e Aldo Rebelo, e aí Chinaglia obteve 18 votos a mais que o comunista. Isso é um resultado muito apertado, lembrando que estamos falando de um universo de 513 deputados.
Apesar de ser petista, Chinaglia não era o candidato preferencial do governo. Ele pertence a ala comandada pelo mensaleiro José Dirceu, que por sinal voltou a mostrar as garras hoje quando declarou "guerra" a um dos homens forte de Lula, o ministro Tarso Genro, detalhes dessa disputa interna petista nos próximos posts. Para o governo o ideal era Aldo, mas Chinaglia é melhor que Fruet, na minha opinião em todos os sentidos.
Todo o cenário político das eleições municipais começam a se desenhar, pois agora Lula sabe com quem vai poder contar para os ministérios, estava apenas aguardando as eleições das mesas diretoras. Agora ele deve dividir os cargos para que ninguem fique "triste". E assim, os partidos começam a pensar em Outubro de 2008.
Seria incoveniente analisar os novos três presidentes da Assembléia, Câmara e Senado, temos que esperar suas primeiras ações para termos um norte de crítica, o que pode-se afirmar é que os governos estadual e federal saíram fortalecidos de tais eleições. Assim, eles acabam de perder a desculpa de falta de colaboração do legislativo!
Agora é aguardar e desejar sorte a Jardel Sebba, Renan Calheiros e Arlindo Chinaglia.
Um abraço à todos vocês!
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