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29 novembro, 2006

Congresso do PT é uma necessidade, PSDB tenta renovar.

A eleição presidencial deste ano mexeu com os dois principais partidos do país. O PT e o PSDB vão realizar congressos no ano que vem. O objetivo é o mesmo: se renovar, buscar mais apoios na sociedade e, principalmente, mais eleitores. O PT venceu a eleição com o presidente Lula, ampliou o número de governadores de três para cinco, mas não pode se considerar vencedor. Perdeu votos para deputado federal e senador, assim, vu suas bancadas no Congresso serem reduzidas. A vitória foi muito mais dos canditados aos governos estaduais e federal do que propriamente do PT. Os quatro anos de governo de Lula não foram momentos felizes para o Partido dos Trabalhadores, fundado em 1980, viveu seus piores momentos desde que chegou ao poder. De lá para cá, o partido viveu os piores escândalos de sua história, como sanguessugas, mensalão e, agora, o dossiegate, que culmina com o aparecimento de R$1,7 milhões em dinheiro, sem origem conhecida. Além disso, o partido não conseguiu ao longo do tempo renovar seus quadros. Mesmo com mais de 800 mil filiados, o PT não tem muitos nomes novos para apresentar – tanto nas eleições de 2008 quanto para cargos no governo federal. O PSDB, que foi o principal adversário do PT nas eleições, também tem seus problemas, porém, de ordem diferente. O partido perdeu o discurso e na campanha eleitoral não conseguiu sequer garantir a paternidade de suas bandeiras. Até mesmo a estabilidade econômica, que o país conheceu com o Plano Real, foi pregada na campanha eleitoral pelo presidente Lula. A privatização, feita no mandato de FHC, não foi rechonhecida muito menos defendida pelo canditado tucano Geraldo Alckmin. Por tudo isso, o PSDB também perdeu parcela de seu eleitorado e, principalmente, o discurso. Os dois partidos, agora, buscam uma renovação. O presidente interino do PT, Marco Aurélio Garcia, disse que o Congresso é uma oportunidade para o partido rever seu programa conforme o momento que vive, o do segundo mandato de Lula. Além disso, é chegada a hora do partido se renovar – medida importante, até mesmo para substituir os “aloprados” como o presidente os denominou -, que se envolveram em escândalos. Já o PSDB entregou a coordenação de seu congresso ao ex-presidente Fernando Henrique. Os tucanos têm dito que o programa do partido precisa ser atualizado depois de 18 anos de sua fundação. Mas, principalmente, o PSDB precisa reencontrar sua base social e seu discurso que se foi na última campanha, retomando o caminho da social-democracia, como disse o governador reeleito de Minas Gerais, Aécio Neves. Outro importante tucano, o governador eleito de São Paulo, José Serra, acha que deveria-se voltar-se mais para uma política aproximada da que propõe os esquerdistas, empunhando a bandeira do desenvolvimentismo. Contudo, se isso acontecesse, o PSDB perderia suas principais características, entre as principais o neoliberalismo.
A todos um grande abraço e até sabado!!

Um comentário:

Anônimo disse...

ta massa
escrevendo bem pra caramba
e viva a parcialidade
hauahauia

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